RELEMBRANDO

O TEMPO DA EMANCIPAÇÃO

Visionários como Leopoldo Rosenfeldt, Oscar Knorr e Walter Bertolucci, projetaram Gramado além das fronteiras. Dos rastros deixados pelos Tropeiros surgiram às primeiras estradas. A população do 5º Distrito de Taquara cresceu e com ela o desenvolvimento. A primeira capela, a primeira escola e o primeiro hospital. Na economia o Artesanato Accorsi, Casa Comercial Dalle Molle, Doces Masotti, Farmácia Galeno, Indústria de Bebidas dos Irmãos Balzaretti, Grafica Stella, Ludovino Pasqual e Cia, Moinho Bisol, Móveis Dinnebier, Torrefação Moagem de Júlio Chaulet, Transportadoras Ramm, Transportes Floresta Vinhos Perini entre outros. Os primeiros hotéis foram Bertolucci, Fisch, Candiago, Sperb, Casagrande e o Parque Hotel, inaugurado em 1939.   Gramado, 1938. Foto: Arquivo Histórioco João Leopoldo Lied   Primeira Rodoviária de Gramado, 1940. Foto: Flávio Koetz   O cenário mundial era tenso com o início da II Guerra. Os anos 40 foram de pouco desenvolvimento e a concorrência com o veraneio no Litoral implicou em prejuízos. Em 1952 chegou uma força determinante pelas mãos de Horst Volk e Euzébio Balzaretti e um contingente de empregos originados pela indústria de calçados Princesinha, antecessora da Ortopé, uma grande marca que projetou Gramado.   Gramado, 1946. Foto: Arquivo Histórioco João Leopoldo Lied   A emancipação política em 1955 revigorou a consciência da comunidade que vivia em um lugar naturalmente belo, onde imperava o verde da majestosa araucária. O contraste com o azul do céu em forma de flor inspirou uma nova fase. Em 1958, a imprensa foca em Gramado com a Festa das Hortênsias.  Taça Tuyuty, anos 50. Sturmer, Hogo Daros, Guilherme Dal Ri, Bruno Muller. Foto: Arquivo Pessoal Sérgio Bertoja     O pequeno lugarejo  incorporou os valores culturais e com ele as atividades recreativas no clube. Difundiram-se o boliche, tiro ao alvo, bolão, canto, chás beneficentes, associações teatrais e requintados bailes para coroação das rainhas. O Cine Splendid encerrou em 1962 e em 1965 inaugurou o Cine Embaixador. Destacamos alguns personagens importantes na trajetória do clube pela dedicação registrada. Grandes homens e mulheres do interior também participaram contribuindo com trabalho e donativos para os festejos, sem muitos registros. Ovos, bolos, galinhas vinham de famílias da colônia, mas que não frequentavam a Recreio e permaneceram no anonimato. A ideologia do nosso clube social focava em outro segmento.   Olímpio Benno Ruschell, Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, 1938 até 1939. Farmacêutico. Ofereceram aos associados o Baile da Chita com concurso do vestido mais bonito eleito por compra de votos. Baile beneficente para angariar fundos ao hospital. Theobaldo Sorgetz e Alfredo Drecksler abrilhantavam os encontros. Conselho Diretor: Ingo Lied, Orestes Dalle Molle. Claudino Weber, Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, 1939 até 1941. Industrial madeireiro. Fundação Bloco de Bolão "1º de Outubro". Novo contrato com economato, Guilherme Dal Ri. Alunos do Tiro de Guerra 412 ofereceram baile. Torneios de bolão interestaduais. Reforma executada por João Schneider. Baile da Páscoa. Conselho Diretor: Ingo Lied,  Ernesto Schröeder. Oscar Fisch, Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, 1940 até 1942. Exator da Coletoria Estadual de Gramado. Bailes glamorosos com "Sr. Jacks".  Construíram barracão para churrasco de associados. Conselho Diretor: Pedro Candiago, Francisco Zatti.   Henrique Bertolucci Sobrinho, Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, 1942 até 1943. Industrial madeireiro. Organização do torneio interno Wanderpreiss. A situação de Estado Guerra implicou na suspensão de muitos bailes. Conselho Diretor: Osvaldo E. Seidl, Julio Chaulet, Rodolfo Schlieper. João Alfredo Schneider, Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, 1943 até 1944. Construtor licenciado. "Wanderpreiss" com grande entusiasmo e destaque aos melhores bolonistas. Bailes de Carnaval com uso de carapuça. Eugênio Benetti assume economato. Conselho Diretor: Virgílio Balzaretti, Mauro Stumpf. Henrique J. de Castilhos, Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, 1944 até 1945. Gerente do Banco Nacional do Comércio. Festas populares em benefício ao Hospital São Miguel. Realização de reuniões dançantes e bailes para premiar campeões de bolão. Proibido bailes a fantasia. Conselho Diretor: Benno Ruschel, Oscar Bauer, Vicente Santos, Cláudio Candiago. Oscar Bauer, Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, 1945 até 1946. Farmacêutico. Fundação do Bloco de Bolão "Castelo". Tratativas para construção de nova cancha. Animação da "Jazz Mirau" em bailes de sucesso. Ecônomos Eugênio e Rosa Maria Benetti. Encomendado anteprojeto para construção da nova sede. Cedência de água ao Centro de Reservistas. Conselho Diretor: Rodolfo Schlieper, Henrique Bertoluci Sobrinho, Tesoureiro Júlio Chaulet.   Reinaldo Baqui, Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, 1947 até 1948. Comerciante. Auge do Baile da Primavera e Baile da Pelúcia. Eventos esperados e com preparação que envolvia toda a sociedade. João Dal Ri assume economato. Conselho Diretor: Cláudio Candiago, Rudi Sorgetz, Leopoldo Rosenfeldt, Henrique Bertoluci Sobrinho, Euzébio Balzaretti e Hugo Daros. Rainha da Primavera, Carmen Bertolucci.   Leopoldo Rosenfeldt, Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, 1948 até 1949. Empresário, urbanizador. Torneio de bolão interno pró-emancipação de Gramado. Baile dos Estudantes. Proibido pela Delegacia de Taquara jogo de carteado, mesmo que não seja a dinheiro. Conselho Diretor: Hugo Daros, Josias Marotzcki.   Almeris Peccin, Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, de 1949 até 1951. Açougueiro e industrial madeireiro. Extinto Tiro de Guerra 412 doou 2/3 do patrimônio a Recreio. Zilá Bertolucci, eleita rainha no Baile dos Estudantes. Início do planejamento para a construção de nova sede. Economato Emílio Darcie. Conselho Diretor: Guilherme Dal Ri, Francisco Zatti, Euzébio Balzaretti, Raimundo A. Bisol. Francisco Augusto Zatti, Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, 1951 até 1952. Contador e industrial madeireiro. Espaço do clube cedido para as reuniões do Movimento de Transição Gramado, presididas por Walter Bertolucci. Assume novo economato Helmuth Arend. Destaque aos jogos de vôlei, basquete e ao tradicional bolão, com torneios intermunicipais. Início da obra da sede de alvenaria com envolvimento dos associados Almeris Peccin, Aquilino Libardi, Bruno Muller e João Alfredo Schneider. Secretário Hugo Daros. Guilherme Dal Ri, Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, 1952 até 1956. Comerciante, proprietário do Café Brasil. Fundação dos Blocos de Bolão Femininos "30 de Setembro" e "Rainha da Serra". Realização de treinos e festas do "Atlético Ingá". Empréstimo para conclusão da obra. Tuyuty conquista taça de campeão em Lajeado. Rainha da Primavera Carmem Bertolucci, Rainha do Carnaval Irany Sturmer. O casal Lacy Bordin e Ivo Pedro Tomazelli assumem o economato. Conselho Diretor: Hugo Daros, Osvaldo Seidl, Euzébio Balzaretti, Aquilino Libardi e Henrique Bertoluci Sobrinho. Almeris Peccin, Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, 1956 até 1957 Açougueiro e industrial madeireiro. Realização do Baile do Esporte e Baile do Champanha. Iraci Casagrande eleita Rainha dos Estudantes. Presidente do Centro Esportivo Atalíbio Foscarini. Registro da compra de um piano. Noitadas burlescas com “Flor da Serra”. 1º Registro do Conselho Deliberativo. Conselho Diretor: Gerci Accorsi, Eddi Oaigen, Francisco Zatti. Heitor Carlos Klein, Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, 1957 até 1959. Industrial vinícola. Realização do Baile de Coroação da 1ª Rainha das Hortênsias Iraci Casagrande. Baile dos Estudantes, Rainha Diná Benetti. Show orquestra Cassino de Sevilha. Torneios internos de Bolão Guaraxain. Baile de aniversário do Grupo Castelo. Fundação do Rotary. Conselho Diretor: Remy Henrique Zatti, Tesoureiro Orlando Koetz, Presidente do Conselho Fiscal: Raymundo Bisol. Cláudio Candiago, Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, 1959 até 1961. Gerente do Banco do Comércio. Frequentes jantares para o Rotary Clube e Veteranos . Organização de banquetes especiais.  Apresentação da Orquestra Al Mônaco. Bailes para coroações de Rainhas Irany Stürmer (Estudantes), Dorly Michaelsen (Recreio), Maria Luiza Zatti (Hortênsias). Apresentações Musicais da Academia Schumann. Conquistas de medalhas em torneios de bolão. Ecônomo Olídio Dutra. Conselho Diretor: Waldomiro Manéa, José Danilo Dalla-Zen, Adilso Frank, Eddi Oaigen, Euzebio Balzaretti.   João Francisco Bertoja, Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, 1961 até 1963. Industrial moveleiro. Grande campeão do grupo Tuyuti. Apresentações musicais das Academias Schumann e Verdi, com o engajamento das famílias da comunidade. Estudo para construção de piscina. Economato passou para Luiz Roldo Filho. Com organização Rossi Ltda, show das orquestras Cassino de Santa Cruz e Conjunto Flamingo. Baile de coroação Rainha das Hortênsias, Heloisa Jungblut. Conselho Diretor Almeris Peccin, Celso Dalle Molle e Gersy Accorsi, Raul Pedro Tartarotti, Ivo Domingos Benetti, Francisco Lacínio da Silva Reis, Francisco Germano Calvette. Festa das Hortênsias, 1963. Heloísa Jungblut, Renate Verena Muller, Avani Carazai, Rosa Maria Zanatta, Ieda Maria Vargas, e Eneida Dreyer.  Foto: Arquivo Histórioco João Leopoldo Lied   A vida social influencia indivíduos, aspectos políticos, econômicos e culturais. As ideias e costumes representam a atmosfera em que se desenvolve o comportamento.  Nas próximas edições, seguiremos com algumas características da sociedade de Gramado até os dias atuais.   Agradecimento: Carlos Gilberto Drecksler, Gilnei Casagrande e Flávio Koetz             APOIO:        

RELEMBRANDO

PRIMEIRAS DIRETORIAS

A história de Gramado destaca José Nicoletti Filho, major, que em 1904 veio a convite do Presidente do Estado Antônio Augusto Borges de Medeiros, cuidar do povoado. A sede do Distrito era Linha Nova, pois no centro de Gramado só havia mato e banhados, mais tarde aterrados com pedras, xaxins e toras de eucalipto. O Major foi responsável por intermediar o poder público militar aos imigrantes, em sua maioria, alemães e italianos, dividindo o vilarejo com descendentes açorianos.   Povoado de Gramado, 1925. Foto: Arquivo Histórico João Leopoldo Lied     A produção era de mera subsistência e as famílias, nas roças, plantavam especialmente milho, algumas verduras. Ovos, queijos, banha e salames, intensificaram o comércio após a chegada do trem. As madeireiras foram a primeira força industrial, com a fábrica de caixas que serviam para exportar, de trem os produtos. Em 1915 fundaram a Sociedade Recreio Gramadense.   A primeira locomotiva. Foto: Arquivo Pessoal Flávio Koetz   Povoado de Gramado, 1930. Foto: Arquivo Histórico João Leopoldo Lied   O apito do trem promoveu uma metamorfose positiva na “Suíça Brasileira”, assim batizada pelo Senador da República Francisco de Assis Brasil em visita no ano de 1920. Veio o artesanato com Antônio Accorsi em 1925, na saúde Dr. Carlos Nelz em 1934, no parcelamento urbano Leopoldo Rosenfeld em 1937 e Oscar Knorr incentivando o turismo em 1940. Moagem de trigo, indústrias madeireiras, metalúrgicos e artesanato em vime dominavam as atividades econômicas. Famílias abastadas e exigentes de Porto Alegre, São Leopoldo e Novo Hamburgo começaram a construir moradias de veraneio. A primeira sede do clube, alugada, pertencia a Antonio Bechara e ficava onde é a esquina da Praça Major Nicoletti e Rua Madre Verônica.  Famílias associadas ajudaram nos pequenos bailes e quermesses, abnegados dessa agremiação, cenário do desenvolvimento social de Gramado.   João Leopoldo Lied, Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, 1915 até 1926. Legislador e escrivão, um dos fundadores da cidade, com sua esposa introduziu ensinamentos de sociabilidade. Primeiro baile de Carnaval. Fundação dos Blocos de Bolão "Combate", "Tuyuty" e "Vampiros". 1ª Rainha do Carnaval, Iria Lied. Conselho  Diretor: Mário Rossi,  Oscar Bauer,  Leopoldo Muxfeldt, Augusto Zatti e Oscar Fisch.   Augusto Zatti, Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, 1926 até 1927. Regente da orquestra. A Sociedade foi fundada com o fim de organizar e manter o grupo orquestral proporcionando reuniões e diversões familiares. Secretário Oscar Bauer, 2º Secretário Rodolfo Schlieper, 1º Tesoureiro Cláudio Pasqual, 2º Tesoureiro Valentin Zanotti. Conselho Fiscal: Boaventura Ramos Pacheco, Oscar Fisch e Jurandy Bender.   João Reinaldo Muller, Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, 1927 até 1928. Comerciante. Concedeu permissão para os considerados jogos de salão Joocker, Skay, Solo Brasileiro, Escova e Sessenta e Seis e jogos de bilhar. Foi nessa época que iniciou o áureo tempo de bolão. Rainha do Carnaval, Irma Lied. Conselho Diretor: Augusto Zatti, Rudi Schlieper, Tesoureiro Leopoldo Muxfeldt, Tesoureiro José BenettiOscar Fisch, Leopoldo Lied, Pedro Corrêa e Oscar Bauer.   Cláudio Pasqual, Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, 1928 até 1929. Proprietário do Café Cacique, Cine 3 de Outubro e primeira Rodoviária. Inauguraram a sede própria da Sociedade Recreio Gramadense em 28 de abril de 1928. Conselho Diretor: Rudi Schlieper, Oscar Fisch, Alfredo Trilha de Lemos, José Benetti, Valentin Zanotti, Pedro Candiago, Rodolfo Arend e Jurandy Bender.   Rodolfo Schlieper, Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, 1929 até 1931. Contador. Realizaram o baile de carnaval no Cine Splendid, pois o clube estava em obras. Nesta época foi desenvolvida a Bandeira da Recreio. Conselho Diretor: Rodolfo Arend, Arthur Zwetsch, Boaventura Ramos Pachedo, Oscar Fisch, Eugênio Benetti, Cláudio Pasqual, Valentin Zanotti e José Benetti.   Jurandy Bender,  Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, 1931 até 1932. Alfaiate. Providenciaram a mudança do pano de bilhar e regulamento com listas de preços para substituição de itens dos jogos, móveis e utensílios da sede social. Conselho Diretor: Benno Ruschel e Bruno Riegel.   Oscar Fisch,  Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, 1932 até 1933. Exator na mesa de rendas. Período de renovação de pinturas de mesas e serviços no telhado. Existiam poucas orquestras e há registros de bailes cancelados por falta delas. Início do contrato de serviço de copa: Economato, Augusto Daros. Conselho Diretor: Benno Ruschel, Tesoureiro Leopoldo Muxfeldt e Secretário Rodolfo Schlieper. Orestes Dalle Molle, Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, 1933 até 1934. Comerciante e industrial madeireiro. Houve a instalação de calçamento desde o portão até a entrada da cancha, pois em dias de chuva a sede da Sociedade ficava muito embarrada. Substituição de instalação de acetileno por abajures para lâmpadas elétricas. Eleita Rosita Bertolucci Rainha do Carnaval. Conselho Diretor: Bruno Ernesto Riegel, Rodolfo Schlieper, Pedro Edgar Fahrion, Julio Chaulet, Edvino Jacobsen. Jurandy Bender, Eugênio Benetti e Benno Ruschel.   Rodolfo Arend, Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, 1934 até 1935. Comerciante. Melhorias na sede como a troca de portas, janelas e calhas. Bailes com premiações de torneios de bolão de sucesso com as orquestras de “Theobaldo Sorgetz” ou “Flor da Serra”. Conselho Diretor: Orestes Dalle Molle, Benno Ruschel, Pedro Edgar Fahriom, Oscar Fisch, Bruno Riegel. Julio Chaulet, Arthur Zwetsch e Rodolfo Schlieper.  Henrique Bertolucci Sobrinho, Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, 1935 até 1936. Industrial madeireiro. Houve melhorias estruturais e a realização do Baile da Primavera que elegeu a 1ª Rainha do Centro Esportivo Gramado Iris Lied. Conselho Diretor: Otomar M. Mussinck e Oscar Fisch.   Bruno Ernesto Riegel, Presidente da Sociedade Recreio Gramadense, 1936 até 1937. Contador. Bailes de sucesso como os da Primavera e Pelúcia. Houve replante de árvores e ajardinamento do terreno do clube. Planos para nova construção com Sociedade Austríaca. Conselho Diretor: Rodolfo Schlieper e Julio Chaulet.   Julio Chaulet, Presidente da Sociedade Recreio Gramadense,1937 até 1938. Industrialista de café. Houve a determinação de isenção de Jóia por tempo indeterminado. Lacy Bertoja coroada Rainha da Primavera do Centro Esportivo Gramadense. Lacy Bertolucci eleita Rainha da Primavera do Centro Esportivo Gramadense. Conselho Diretor Emílio Sorgetz, Hugo Daros, Rodolfo Schlieper, Henrique José de Castilhos. Benjamin Chaulet, Bruno Riegel, Daniel Arend.   As floristas no dia da inauguração da sede, 1928.   Este registro simbólico é o início de uma grande jornada que mostrará, nas próximas edições outras diretorias que alinharam a história do clube, orgulho para muitas gerações.   Agradecimento: Carlos Gilberto Drecksler, Gilnei Casagrande e Flávio Koetz             APOIO:      

DESTAQUE

WAGNER BRASIL

Com explícito amor à música e aos simples gestos, o engenheiro, arquiteto e pianista Wagner Brasil, parceiro cultural da Sociedade Recreio Gramadense, é fronteirista de Bagé e estendeu uma parte da sua vida na Serra Gaúcha. “Considero-me privilegiado pela vida, pois tive a sorte de nascer em uma família unida. Cresci com piano em casa e com pais sensíveis que me apoiaram em todas as decisões”, diz.   Wagner Brasil   Estudou em Santa Maria, escolheu Porto Alegre para viver, mas divide seu tempo em Canela e Gramado. Frequentou cursos no exterior que certamente proporcionaram ensinamentos e experiências que o acompanham nos dias de hoje. Morou em Brasília e durante este período, teve a oportunidade de trabalhar com profissionais como Lúcio Costa e especialmente, Oscar Niemeyer na condição de Diretor de Urbanização da capital do Brasil, Patrimônio da Humanidade por Urbanismo tombado pela UNESCO.   Wagner Brasil e Lucio Costa, 1989. Foto: Arquivo Pessoal Wagner Brasil       Pianistas de Bagé em momento de homenagem , Recreio Gramadense. Foto: Gustavo Merolli   Prestígio das irmãs Adelaide, Berenice, Clarice. Foto: Arquivo Pessoal   O encontro de gerações: Patrick Brasil Menuzzi (Mestrando em Piano UFRGS) e Wagner. Foto: Arquivo Pessoal   Deixando marcas positivas por onde passa, emocionou platéias com os “Pianistas de Bagé” grupo de músicos do qual participa há mais de meio século desde a primeira montagem em 1963. Criado pela professora Gelcy Porto Médici o espetáculo retornou nos anos 2000 através da ação da pianista Lúcia Antônia Bezerra de Mello. Em 2017, trouxeram o espetáculo para Gramado e se apresentaram na Recreio, pela primeira vez, executado simultaneamente com cinco pianos a vinte mãos em formato único no mundo. "Lembro-me da incrível operação com o Ike Koetz para conseguirmos os cinco pianos e transportá-los para dentro do clube". Inspirado no conjunto de Pianos Carlos Gomes, o grupo considerado relíquia brasileira aqui do Rio Grande do Sul, desde 2019 conta com patrocínio master da Claro pelas mãos do presidente José Felix e realização da Branco Produções, de Porto Alegre.   Pianistas de Bagé, Recreio Gramadense. Foto: Gustavo Merolli    Os Pianistas de Bagé. Foto: Gustavo Merolli   No último dia 20 de março a instituição artística “Pianistas de Bagé”, foi consagrada patrimônio cultural, imaterial e histórico do município de origem, pela lei número 6.179 artigo 3º da lei 4836/2010 de autoria da vereadora Sonia Mara Gomes Leite sancionada pelo prefeito Divaldo Lara. Além das fontes e organismos de Bagé que os reconhecem como uma entidade promissora de fundamental importância artística e cultural, Wagner conta com muito orgulho que tiveram o reconhecimento da Sociedade Recreio Gramadense, Natal Luz de Gramado pela Prefeitura de Gramado através da Gramadotur e Secretaria de Cultura e Educação de Gramado.   Plantando a semente. Pianistas de Bagé com os alunos da Escola Municipal Senador Salgado Filho e Ike Koetz. Foto: Arquivo Pessoal Wagner Brasil     Com a família, em Canela. Foto: Arquivo Pessoal    Ao lado de José Wilson Coronel, há muitos anos, os profissionais ilustram grandes publicações arquitetônicas e decorativas do país, com um trabalho cheio de significado e harmonia. Com obras de interiores e construção civil em diversos estados do Brasil a empresa WJW concretizou-se como sinônimo de eficiência e atua desde Miami até o Montevidéo. “Isso nos dá muitíssima alegria e honra devido a excelente relação que mantemos com nossos clientes nos pós-obra, objetivo maior de quem constrói. De uma forma musical, diria que fazer uma casa, um prédio, uma fábrica, um escritório não é empilhar tijolos, mas realizar sonhos e completar a vida. Com maturidade, posso dizer que sou um homem realizado. Fui aquinhoado pela vida e neste sentido sou feliz”.   Contatos: www.wjw.com.br https://www.facebook.com/wjwarquitetura/ Insta:wagnerbrasil_wjwarq @wjwarquitetura wagnermbrasil@wjw.com.br      

ATUALIZANDO

LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE

Três palavras extremamente significativas neste momento e que, acredito, nunca fizeram tanto sentido para todos os povos do nosso planeta. A primeira, LIBERDADE, em parte, nos foi tolhida. Ninguém tinha ideia do quão difícil seria estar separado dos seus entes queridos, distante do seu trabalho, de todos os seus amigos. Estar recluso gera confusão, insegurança, estresse, mas é uma oportunidade tremenda de revermos todos nossos pré e conceitos. Mas, por que tal restrição? Por IGUALDADE. Esse período serve para grandes reflexões, sejam elas políticas, econômicas ou sociais. Dentro e fora das nossas casas, todos estão refletindo sobre como sofremos por angústias e problemas em comum e estudando qual a será a nossa melhor saída. Mas, em prol de que devemos esse sacrificio? Por FRATERNIDADE. Sentimento de carinho muito forte, de dedicação, de interesse pela figura do outro, gerando sentimentos positivos e construtivos, podendo até em certos momentos, levar o indivíduo a fazer grandes sacrifícios, que só seria capaz de fazer por ele mesmo.   Ike Koetz, Presidente da Recreio Gramadense. Foto: Gustavo Merolli   A vida faz sentido quando estamos felizes perto das pessoas que amamos e nos fazem bem. Que egoísta seria, viver em um mundo sem amigos e sem família, não?! Pois é pela saúde de todos que estamos em casa. Nós também não vemos a hora de voltarmos às atividades e de nos aproximarmos novamente. Por ora, ficaremos com as boas recordações e o sentimento do quanto isso é importante para nós. Fiquem tranquilos, pois as celebrações, festas e eventos voltarão, afinal, o calor humano e a alegria são os combustíveis para estarmos aqui durante 105 anos! O que está acontecendo agora nos força a enxergar tudo que deixamos de fazer. Tenho certeza que quando retornarmos à nossa liberdade, aproveitaremos intensamente todas as oportunidades para ficarmos juntos. Abraços e até breve!     Ike KoetzPresidência Recreio GramadenseGestão 2018 a 2020

RELEMBRANDO

RESGATE DO CONVÍVIO

Há mais de 53 anos nosso ex-presidente Genedy Moraes e sua esposa encantaram-se pela cidade de Gramado. “Nossa lua de mel foi aqui e sempre gostamos muito da vida social. Frequentamos muitas festas e sempre quis participar como sócio da Recreio. No início não havia maneira de associar-me e  eu sofri, muito. Voluntariei para poder fazer parte. Quando tive acesso a um título patrimonial que havia sido devolvido, comprei para ingressar. Esforcei-me para entrar no clube. Eu e a Silvia, minha esposa prestigiamos a convivência aqui”, lembra. Recorda-se que foi a convite do amigo e também ex-presidente, Ronaldo Pinheiro que surgiu a oportunidade de contribuir com a Recreio. "Depois de algum tempo o Conselho Deliberativo convidou-me para preencher a vaga de presidente, em 2016. Foi um período difícil, pois houve o afastamento da Eliana, que acidentou-se e foi impedida de prestar o seu serviço.  Além de infiltrações gravíssimas que comprometiam a estrutura da cozinha, havia questões de segurança e tivemos que fazer uma reforma geral. Instalamos a escada de emergência, um dos limitativos da capacidade do salão, que após a tragédia da Boate Kiss, limitou-se a 450 pessoas, inviabilizando a realização de muitos eventos aqui. Vivemos um grande período de crise após esta horrível tragédia. Mas com muito esforço e colaboração de muitas pessoas, superamos”, conta.   Juliana Koetz, Relações Públicas; Ike, Presidente da Recreio Gramadense em exercício e Genedy Moraes, Ex-Presidente da Recreio Gramadense. Projeto "Relembrando", 2019. Foto: Arquivo S.R.G. “Valorizo muito a vida em sociedade, convívio entre as famílias, ponto de encontro, postura, educação e caráter. A elegância deve ser sempre mais interna do que externa. A ética é importante, pois temos que agir como exemplo e olhar as pessoas de frente. O convívio no clube nos proporciona esse olhar. O mais indesejável que imagino é chegar a um lugar e ter que evitar olhar nos olhos das pessoas, por alguma coisa que tenha feito”, considera. Reconhece que, hoje em dia está tudo muito diferente, mas que é importante lembrar que por muito tempo foi assim e ressalta que devemos fazer o possível para que esse convívio perpetue e resista ao tempo e a qualquer adversidade. “Atualmente eu sinto como se a mocidade não valorizasse da mesma forma os encontros de jovens como antigamente”. Ele expõe a importância em resgatarmos este comportamento.   Baile do Suéter, 2006 na Sociedade Recreio Gramadense. Foto: Arquivo S.R.G.   Relembrou momentos de confraternização com as pessoas em muitos bailes, como Reveillon, Aniversários do Clube, Homens na Cozinha. “Eu e Sílvia sempre terminávamos as festas dançando. Uma das lembranças que guardo com carinho é de quando fui convidado para desfilar com os outros rapazes da sociedade no Baile do Suéter. Escolheram um elegante modelo para eu usar e encerrei o desfile. Desci a escada ao lado do palco, fiz a volta no salão e em seguida o baile começou. Dançamos muito, a noite inteira em mais um baile maravilhoso na Sociedade Recreio Gramadense”.               APOIO:      

RELEMBRANDO

EM CASA

Alexandre Masotti e a Recreio têm uma longa história juntos.  “Contarei um pouco sobre o que esta casa representou em minha vida como cidadão gramadense. A primeira lembrança no clube é de uma inesquecível festa de final de ano quando estudava na terceira ou quarta série do Colégio Santos Dumont”, conta. Este foi um evento de confraternização na Recreio entre amigos no período escolar que marcou estudantes de Gramado na mesma faixa etária. Alexandre é um dos nossos Conselheiros engajado nas questões do clube, há bastante tempo. “Quando os meus pais vieram na festa em comemoração aos 50 anos da Recreio, fiquei muito impressionado: - Como um lugar pode fazer 50 anos? Pensava, eu. Por mais de três décadas minha mãe guardou o arranjo de mesa com flores, vela e o numero 50 em arame todo dourado como recordação, enfeitando a sala de casa.”   Alexandre Masotti, "Relembrando" na Recreio Gramadense. Foto: Rafael Debacco   “Meu tio, Fernando Caberlon, na década de 60 foi ecônomo da sociedade e como somos da mesma família, eu estava sempre por aqui. Aos finais de semana vinha aos jogos de bolão armar pinos e ganhar dinheiro. Foi um tempo de grandes disputas e eu torcia pelo time Combate. Outro bom motivo para vir a Recreio eram os maravilhosos pastéis feitos por minha tia Tere. Uma oportunidade perfeita: tomar refrigerante, comer pastéis, ganhar dinheiro e ainda encontrar os amigos”, recorda-se com carinho. “Lembro-me dos carteados, no andar de cima. Às vezes a gente arranjava alguma coisa para levar para o pessoal que ficava jogando carta diuturnamente, só para espiar. A cerração de fumaça e odor insuportável lá em cima, não tem como esquecer”, comenta.   Carnaval na Recreio, sempre uma lembrança especial. Foto: Arquivo Pessoal Alexandre Masotti   “Havia uma televisão no clube, onde meus tios moravam. Tradicionalmente, aos domingos à tarde assistíamos juntos ao programa Jovem Guarda, com Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa e participações especiais de muitos artistas”, conta. Como os Beatles representaram uma virada no mercado jovem na Inglaterra e no mundo, os músicos da Jovem Guarda foram o estopim para a formação da identidade jovem no Brasil. Fizeram a virada de consumo e comportamento influenciados pelo rock e pop dos EUA, Inglaterra e Itália entre 1960 e 1968, repercutindo no Brasil inteiro. “Houve um famoso show do Agnaldo Rayol. Fazia muito sucesso e uma noite ele se apresentou aqui na Recreio. Eu pude assistir por que a gente ficava na copa ajudando o meu tio. É uma lembrança bacana que tenho até hoje...muitos vieram prestigiar o artista que veio do Rio de Janeiro, para se apresentar em Gramado... as gurias eufóricas, mulheres histéricas! Foi uma época bem legal quando a nossa família Benetti e Caberlon reunia-se no clube. Os primos brincavam juntos praticamente todos os finais de semana aqui na Recreio. Era como se estivéssemos em casa”.   Carteirinha de Sócio da Recreio Gramadense. Arquivo Pessoal   No início dos anos 70, na parte superior da Recreio, amigos abriram uma danceteria chamada Casa Nossa, local para encontro de adolescentes nos domingos à tarde. “Nos sábados à noite era freqüentado por um pessoal um pouco mais velho do que eu, havia barzinho e música. O clube abriu as portas para o público jovem ter uma participação mais efetiva. A entrada era ao lado do prédio”, diz.   Convite para posse do Conselho Deliberativo, 2001. Arquivo Pessoal     Sobre a participação na Diretoria, Alexandre viveu outro momento quando iniciou no Conselho Deliberativo em 2001. “Mais tarde eu passei para o Conselho Fiscal e pude acompanhar um processo de mudança importante. Profissionalizamos a administração com controle de contas e a entidade passou a se posicionar como uma empresa”. Contribuição à visão de uma Diretoria que determinou as medidas necessárias para manter esta instituição centenária. “A ousadia e dedicação de todo o time que trabalhou pelo projeto Recreio 2000 transformaram a Recreio no clube do porte que temos hoje. A grande guinada foi reformular toda a política, a parte estrutural e física”, diz. Hoje a Recreio é um clube de referência para muitas cidades, com uma estrutura adequada, conforto e condições de segurança, adaptando-se aos novos tempos. Aqui na Recreio, Alexandre continua em casa!               APOIO:        

DESTAQUE

ELIANA WAZLAWICK

No mês em homenagem às mulheres, o destaque é para Eliana Wazlawick que esbanja simpatia, competência e dedicação à Recreio por mais de 30 anos.“Eu era bem menina ainda e trabalhava em uma loja, mas assim que soube da vaga, me dirigi ao clube para participar da entrevista. Lembro-me do nervosismo quando atendi ao telefone pela primeira vez”.   Eliana Wazlawick. Foto Gustavo Merolli   Como Secretária Executiva, iniciou na década de 80, quando no salão do clube havia divisórias corrediças e um espaço usufruído pelo economato na lateral. “Além de trabalhar como secretária em atendimento aos associados, eu costurava e bordava junto à diretoria. Fazíamos todas as decorações das festas na grande mesa da presidência. Empresas terceirizadas não existiam! As famílias com espírito envolvido traziamos filhos para fazer acontecer. As crianças corriam pelo clube, jogavam bolão, jantavam aqui enquanto os pais trabalhavam. A organização das festas sempre foi conduzida com muito zelo e respeito pela sociedade para proporcionar aos convidados uma noite inesquecível. Hoje, meu filho e meu marido me ajudam em muitos eventos". Eliana apoia e auxilia a Diretoria no trabalho de promover atividades culturais, educativas, recreativas e sociais que visem o bem estar dos sócios e da comunidade de Gramado. É o cargo de confiança de uma sociedade festiva. “Lembro-me que fiquei encantada com os jantares baile quando comecei a trabalhar aqui. Os sócios eram contatados pessoalmente em suas casas para comprar os convites. As mesas disputadas e os lugares reservados com bastante antecedência, escolhidos através do mapa que ficava disponível na secretaria”. Desde aquela época ela trabalha literalmente com as portas abertas para a comunidade. “Sempre digo que não tenho somente um gestor, eu tenho vários, que são todos os associados”.   Rafael dos Reis Eliana Wazlawick. Foto Gustavo Merolli    Antigamente, havia emissão de carnês para os sócios que pagavam suas mensalidades na Caixa Estadual, Banrisul ou direto na secretaria do clube. Os carnês eram enviados pelo correio para o endereço do associado. O acesso ao clube só era permitido para quem estivesse em dia com a mensalidade. Mas, muita coisa mudou ... “Hoje temos também contratos comerciais e nos adaptamos a um novo tempo”. É papel do clube social, manter e incentivar o bom relacionamento entre a sociedade e entidades de cultura, educação, religião, recreação e órgãos governamentais. “Os processos de mudança e as reformas permitiram manter esta estrutura que é hoje o espaço mais tradicional de Gramado para a realização de festas. Sediamos todos os tipos de eventos: aniversários de 15 anos, casamentos, eventos culturais e corporativos. Somos o espaço da comunidade gramadense, para ser usufruído a qualquer momento. Todos os eventos de iniciativa pública e privada que beneficiem a comunidade são bem recebidos e ajudamos a organizar com muito carinho”, garante.   Charles Reis e Eliana Wazlawick. Foto Gustavo Merolli   Considerada por muitas pessoas como o “Coração da Recreio”, Eliana vivenciou as transformações desde o Presidente Pedro Henrique Benetti e foi fundamental para o executivo de tantas diretorias como Décio Caldas, Paulo Volk, Alemir Coletto, Ronaldo Pinheiro, João Benetti, Genedy Moraes e atualmente é o braço direito do Presidente Ike Koetz. “Cada diretoria teve a sua forma de fazer acontecer”, diz. Além das responsabilidades internas do clube como documentos e correspondências, organiza agenda e negocia os contratos para a realização dos eventos. “Estou atenta à zeladoria, à parte comercial, prestação de contas, finanças, recursos, ponto de equilíbrio. Preocupo-me em ter uma visão ampla constantemente. Buscar patrocínios, novos contratos e trazer a comunidade para dentro do clube”. Confessa que aprendeu bastante com esposas que trabalharam ao lado dos seus maridos nas diretorias. “Lições de etiqueta, como vestir-se, cumprimentar, recepcionar, comportamentos importantes no convívio social. Elas me ensinaram como receber os convidados com requinte em diversas ocasiões. Os Conselheiros Deliberativos também me ensinaram muito. A Recreio foi a minha escola” conta. Ela gerencia todos os processos e participa do início ao fim para assegurar a satisfação dos convidados.“O apoio é constante e participo desde o início da montagem, dando suporte para que o cliente fique satisfeito com a execução e realize aquilo que foi planejando. Minha equipe precisa estar engajada dentro da logística, no pré e pós evento. Além do amplo calendário de eventos sediados, realizamos Reveillon, Carnaval, REVIVAL e O Mundo Encantado da Recreio”.Eliana salienta que cada presidente teve seus méritos e existem novos desafios a cada ano.“Hoje somos um clube clássico e contemporâneo. Nossa gestão atual tem um presidente jovem, com a mente aberta e a experiência do Conselho ao seu lado. Batalhamos o crescimento do clube com uma visão promissora para o futuro. Precisamos de novos gestores, pessoas com ideias novas e muito entusiasmo. Este ano, comemoramos 105 anos e por aqui, a vida continua!”            

ATUALIZANDO

DESTAQUES DA FOLIA

Lembrando que não fazemos absolutamente nada sozinhos, agradecemos a todos que participaram, colaboraram e vieram se divertir conosco. O Carnaval é um evento preparado com a expectativa de muita alegria e diversão. Graças à união de muitas pessoas, Recreio na Folia 2020 aconteceu e foi sucesso, mais uma vez!    Rainha Recreio na Folia Infantil 2020: Isabela Scheifer da Silva e Rainha Recreio na Folia Infantil 2019: Sofia Tomazeli. Foto: Gustavo Merolli   Logo no início da tarde no bailinho infantil, presenciamos um show de criatividade com as crianças que compareceram em massa, lotando o salão da Recreio com a melhor energia e entusiasmo. Fábio Veeck, Rei Momo; Fernanda Schonardie, Rainha do Carnaval 2020. Destaques da Categoria 00 a 05 anos: Isabela da Rosa, Lorenzo Mendes e Pietro Candiago Tomazelli. Foto: Gustavo Merolli   Rafaela Scain, Sofia Tomazeli, Carolina Teixeira. Destaques Categoria 06 a 08 anos: Carolina Melgart, Valentina Correa e Caio Freitas Sefrin. Fernanda Schonardie, Rainha Recreio na Folia 2020; Fabio Veeck, Rei Momo e Ike Koetz, Presidente da Recreio. Foto: Gustavo Merolli Eliana Wazlawick, Fernanda Schonardie, Rafaela Scain, Carolina Teixeira, Sofia Tomazelli. Destaques Categoria 09 a 12 anos: Tainá Souza Gomes, Ana Rosa Freitas Sefrin e Luise Perine. Fabio Veeck e Ike Koetz. Foto: Gustavo Merolli   Destaques do Carnaval Infantil: Carolina Melgart, Valentina Correa, Caio Sefrin, Tainá Souza Gomes, Ana Rosa Freitas Sefrin, Luisi Perine, Isabela da Rosa, Lorenzo Mendes, Pietro Candiago Tomazelli. Foto: Gustavo Merolli       Isabela Scheifer da Silva, Rainha Recreio na Folia Infantil 2020; Sofia Tomazeli, Rainha Recreio na Folia Infantil 2019 e Cailin Dienstmann Rainha Recreio na Folia Infantil 2018. Foto: Gustavo Merolli   Agradecemos a Rainha do Carnaval 2019, Andréia Coletto e a Corte 2020 com a Rainha Fernanda Schonardie, o Príncipe Abre Alas João Vicente Correa e o Rei Momo Fábio Veeck que brilharam como os anfitriões da noite.   Rainha Recreio na Folia 2019 Andréia Coletto e Rainha Recreio na Folia 2020 Fernanda Schonardie. Foto: Gustavo Merolli   Apresentação da Corte Recreio na Folia 2020. Foto: Gustavo Merolli   Aos blocos carnavalescos da cidade, o nosso reconhecimento por manterem o carnaval de Gramado vivo. Velhinhos Transviados, Rebloco e 100 Juizo, apresentaram um show de batucada emocionante!    Apresentação do bloco carnavalesco "Rebloco". Foto: Gustavo Merolli Apresentação bloco de carnaval "100 Juízo". Foto: Gustavo Merolli Apresentação bloco de carnaval "Velhinhos Transviados". Foto: Gustavo Merolli   Agradecimento especial ao patrocinador VITA Boulevard e aos apoiadores: Jeito de Criança, Pampilli, Klin, JP Estacionamento, Cultura Inglesa, Visão Contabilidade, João de Barro, Mercado Stahl, Restaurante e Pizzaria Scur, Hotel Alpestre e Criamigos.   Recreio na Folia 2020. Foto: Gustavo Merolli   A cada folião que dançou, brincou e veio prestigiar essa grande festa de carnaval, a nossa gratidão, pois sem vocês, nada disso faria sentido. Agora é só curtir os registros incríveis dos nossos parceiros de sempre, nas fotos do Gustavo Merolli e no vídeo produzido por Lucas Dias, em nossas redes sociais. Esperamos rever a todos no Carnaval Recreio na Folia 2021!   Ike KoetzPresidência Recreio GramadenseGestão 2018 a 2020

RELEMBRANDO

PRÁ QUE DINHEIRO

A família de Darci Michaelsen sempre teve envolvimento expressivo na Recreio Gramadense. “Meu pai, Arno Michaelsen foi Prefeito de Gramado de 1960 a 1963. Muito atuante no clube, ele jogava bolão nos Vampiros" conta.   Arno e Angelina Michaelsen, 1960. Foto: Arquivo Pessoal Darci Michaelsen     Lealdo e Zely Willrich, Arno e Angelina Michaelsen, Willy e Cecilia Klement. Foto: Arquivo Pessoal Darci Michaelsen    Dorli Michaelsen, Rainha da Sociedade Recreio Gramadense, 1960. 1961. Foto: Arquivo Pessoal Darci Michaelsen   "Minhas irmãs, Dorli foi rainha da Sociedade Recreio Gramadense e a Delci debutou em 1964. Os encontros da maioria das famílias de Gramado, aconteciam neste lugar onde passei realmente uma parte muito bacana da minha vida. Eu vinha à boate aos sábados à noite e matines dançantes aos domingos à tarde. Programação mais do que especial. Na sacada da Recreio, foi onde falei com minha esposa, pela primeira vez em 1971. Naquele tempo em que se dançava junto”...   Delci Michaelsen, Carnaval Infantil, 1961. Foto: Arquivo Pessoal Darci Michaelsen    Delci Michaelsen, Baile de Debutantes, 1964. Foto: Arquivo Pessoal Darci Michaelsen   Ligado às festas, música e arte, Mica relembrou uma linda fase dos anos 60 quando havia apresentações artísticas do Ginásio São Pedro, as formaturas, as festas do Colégio das Irmãs. “Existiam duas academias de acordeon a Verdi, da Professora Helena Jungblud e Schumann, da minha irmã Dorli e da Dona Vandora, esposa do seu Antônio ferroviário, o chamado guarda chaves, que cuidava da estação de trem. Em maio de 1961, aconteceu uma apresentação inesquecível da Academia Schumann”.    Academia Musical Schumann, 1961. Foto: Arquivo Pessoal Darci Michaelsen   Humor político já era entretenimento brasileiro, quando poucos tinham televisão em preto e branco. Conhecidos nomes da comédia se reuniam num coral que cantava as mazelas do Brasil em versos. “Inspirados no Coral dos Bigodudos, satirizamos no carnaval de salão com a maior cara de pau. Foi uma produção muito arrojada. A Dona Irma Peccin fez a nossa caracterização, com um camisolão e os bigodes que buscamos em uma roça de milho”. Cordão dos Bigodudos 1961, Laurence Peccin, Darci, Paulo Bertoja, Heino Hoppner, Ivan Bisol, Luciano Peccin e Gilberto Bastos. Foto: Arquivo Pessoal Darci Michaelsen "Momento peculiar nos carnavais eram as disputas de fantasias e desempenho nas apresentações, que foram aprimorando-se. Aqui em Gramado sempre existiu duas correntes político-partidárias e religiosas, sempre opostas. Havia um bloco muito bonito, Monarcas do Ritmo, bem conduzido e luxuoso", conta.   Premiação dos Blocos 1970. Foto: Arquivo Pessoal Darci Michaelsen   "Eu não estava participando de nenhum bloco na época, então organizei um concorrente na parte musical. Com amigos, músicos não profissionais, seresteiros, montamos um bloco que veio a se chamar de Prá que Dinheiro. O nome foi inspirado na música do Martinho da Villa, lançada naquele ano, 1968", resgata.    "Prá Quê Dinheiro", 1973. Foto: Arquivo Pessoal Darci Michaelsen   "Criamos o bloco de véspera, um mês antes do Carnaval. Pequeno, só de guris, a maioria derivou do Crentes da Folia. Nossas fantasias confeccionadas pela Marília Daros, de jornal, desmanchavam-se e precisavam ser refeitas a cada apresentação. Fizemos uma produção barata com ironia, justamente para debochar. Entramos no baile de carnaval tocando gaita e cantando “Coração de Luto”. A sátira ao programa do Chacrinha, foi sensacional!", recorda-se.    "Prá Quê Dinheiro" Darci Michaelsen, Fabiano Bertoluci (Teixeirinha e Meri Teresinha), Fedoca (India Poti), Raul Beux (Chacrinha). Foto: Arquivo Pessoal Darci Michaelsen   "Houve um ano que desfilamos com cabeças de Tio Patinhas, maravilhosas, desenvolvidas pela minha irmã. Fizemos sucesso, o Pra Quê Dinheiro foi marcante e divertido. Nossa concentração e ensaios aconteciam na garagem na antiga casa do senhor Walter Bertolucci. Foi uma época espetacular! Durou pelo menos sete anos e até hoje nos encontramos para fazer churrasco, tocar, cantar e ouvir músicas", diz.     Darci e Liza Michaelsen. Foto: Arquivo Pessoal Darci Michaelsen   Lembra-se que outro tipo de ocasião frequente aqui foram festas de casamentos. "Eventos grandes de Gramado aconteceram aqui, pois durante muitos anos foi a única ou melhor opção. Percebe-se que as bases e os pilares do clube, as famílias tradicionais da cidade permanecem com o apoio de várias outras famílias que vieram para cá".    Darci Michaelsen "Relembrando" na Recreio Gramadense. Foto: Arquivo Sociedade Recreio Gramadense   A solidez e sustentação da Recreio estão diretamente ligadas à sua origem. Darci Michaelsen atuou por  mais de 10 anos em Diretorias e no Conselho Deliberativo. "Acompanhei de perto o projeto Recreio 2000 e pude contribuir na condução do processo da reforma, liderada pelo Coletto, com a rifa de uma BMW. Temos um clube assentado na estrutura de 105 anos em uma posição maravilhosa! Desconheço outro, no interior, com tamanha pujança e beleza".              APOIO: