RELEMBRANDO

RESGATE DO CONVÍVIO

Há mais de 53 anos nosso ex-presidente Genedy Moraes e sua esposa encantaram-se pela cidade de Gramado. “Nossa lua de mel foi aqui e sempre gostamos muito da vida social. Frequentamos muitas festas e sempre quis participar como sócio da Recreio. No início não havia maneira de associar-me e  eu sofri, muito. Voluntariei para poder fazer parte. Quando tive acesso a um título patrimonial que havia sido devolvido, comprei para ingressar. Esforcei-me para entrar no clube. Eu e a Silvia, minha esposa prestigiamos a convivência aqui”, lembra.

Recorda-se que foi a convite do amigo e também ex-presidente, Ronaldo Pinheiro que surgiu a oportunidade de contribuir com a Recreio. "Depois de algum tempo o Conselho Deliberativo convidou-me para preencher a vaga de presidente, em 2016. Foi um período difícil, pois houve o afastamento da Eliana, que acidentou-se e foi impedida de prestar o seu serviço.  Além de infiltrações gravíssimas que comprometiam a estrutura da cozinha, havia questões de segurança e tivemos que fazer uma reforma geral. Instalamos a escada de emergência, um dos limitativos da capacidade do salão, que após a tragédia da Boate Kiss, limitou-se a 450 pessoas, inviabilizando a realização de muitos eventos aqui. Vivemos um grande período de crise após esta horrível tragédia. Mas com muito esforço e colaboração de muitas pessoas, superamos”, conta.

 

Juliana Koetz, Relações Públicas; Ike, Presidente da Recreio Gramadense em exercício e Genedy Moraes, Ex-Presidente da Recreio Gramadense. Projeto "Relembrando", 2019. Foto: Arquivo S.R.G.


“Valorizo muito a vida em sociedade, convívio entre as famílias, ponto de encontro, postura, educação e caráter. A elegância deve ser sempre mais interna do que externa. A ética é importante, pois temos que agir como exemplo e olhar as pessoas de frente. O convívio no clube nos proporciona esse olhar. O mais indesejável que imagino é chegar a um lugar e ter que evitar olhar nos olhos das pessoas, por alguma coisa que tenha feito”, considera. Reconhece que, hoje em dia está tudo muito diferente, mas que é importante lembrar que por muito tempo foi assim e ressalta que devemos fazer o possível para que esse convívio perpetue e resista ao tempo e a qualquer adversidade. “Atualmente eu sinto como se a mocidade não valorizasse da mesma forma os encontros de jovens como antigamente”. Ele expõe a importância em resgatarmos este comportamento.

 

Baile do Suéter, 2006 na Sociedade Recreio Gramadense. Foto: Arquivo S.R.G.

 

Relembrou momentos de confraternização com as pessoas em muitos bailes, como Reveillon, Aniversários do Clube, Homens na Cozinha. “Eu e Sílvia sempre terminávamos as festas dançando. Uma das lembranças que guardo com carinho é de quando fui convidado para desfilar com os outros rapazes da sociedade no Baile do Suéter. Escolheram um elegante modelo para eu usar e encerrei o desfile. Desci a escada ao lado do palco, fiz a volta no salão e em seguida o baile começou. Dançamos muito, a noite inteira em mais um baile maravilhoso na Sociedade Recreio Gramadense”.

 

 

 

 

  

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