RELEMBRANDO

TIRO DE GUERRA

Os Tiros de Guerra tiveram origem em 1902, na cidade de Rio Grande com uma sociedade de tiro ao alvo. A partir de 1916, por Olavo Bilac em prol do serviço militar obrigatório, transformou-se, com o apoio do poder municipal em organização militar destinada à formação de reservistas brasileiros.

 

 

Foram criadas muitas sedes de linhas de tiro, estrategicamente localizadas em cidades maiores de cada região do Brasil, oferecendo mais proteção aos cidadãos. Nessa época, éramos Distrito de Taquara.

 

 

O Tiro de Guerra era uma instituição do exército brasileiro encarregada de formar atiradores para o exército. Espaços estruturados para que os jovens, principalmente do interior, prestassem serviço militar. A organização ocorria entre o município e o comando da região militar. O exército fornecia o fardamento, o equipamento e os instrutores, geralmente cabos ou sargentos, enquanto a administração municipal disponibilizava as instalações. 

 

 

A formação do atirador, realizada normalmente no período de 40 semanas, tinha carga horária semanal de 12 horas, possibilitando conciliar estudo, trabalho e lazer, aos jovens que participavam do programa. Para cá, vieram muitos rapazes de São Francisco, de Canela, e as meninas na época apaixonavam-se pelos namoradinhos que vinham de fora!

 

 

A sede do Tiro de Guerra tornou-se patrimônio da Sociedade Recreio. Margot Dal Ri Rost, contou uma parte desta história, sobre aquisição da propriedade para sede do clube, que foi vivida por seus familiares.

 

 

Em 1945 o Tiro de Guerra já não existia mais, sendo denominado Centro de Reservistas. “Em 13 de janeiro de 1950 foi entregue pelo Sr. Oscar Fisch um relatório sobre o patrimônio do extinto Tiro de Guerra.  O imóvel situado esquina da Rua Garibaldi com Júlio de Castilhos hoje Rua Coberta ou Madre Veronica. Foi doado dois terços para a Recreio e um terço para o Centro Esportivo Gramadense”, conta.

 

 

Segundo registros, em março de 1950, membros da Diretoria e seu Conselho Fiscal apreciaram as propostas de compra, do imóvel do extinto Tiro de Guerra. Após análise, foi vencedora a proposta da Construtora Gramadense Ltda, assinada por Hugo Daros, por ser a que apresentou melhores preços, na época.

 

 

Como incentivo ao esporte de Bolão, os associados realizaram torneio interno intitulado Tiro de Guerra 412 como prova de agradecimento ao patrimônio oferecido à Sociedade Recreio Gramadense. O torneio envolveu todos os clubes filiados.  “Não  foi registrado vencedor, pois quem realmente ganhou foi o nosso clube que pode construir uma Recreio mais ampla e mais moderna”, comemora.

 

 

 

 

 

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